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O que fazer em Buenos Aires em 5 dias

Conteúdo atualizado em 27 de outubro de 2023

Quando comecei a pesquisar para essa viagem vi que existem roteiros de Buenos Aires para todos os tipos de viajantes, de 2 a 20 dias, só na cidade ou com bate-voltas para cidades vizinhas, se hospedando no centro ou em algum dos bairros famosos (Recoleta, Puerto Madero, Palermo), se locomovendo de táxi ou metrô, indo em restaurantes chiques ou vivendo de medias lunas e empanadas, se inteirando da História argentina ou passando batido nos museus, pagando um rim por um show de tango ou jogando moedinhas para os dançarinos de rua em La Boca… enfim, entre os extremos opções não faltam!



Como é nosso hábito, fizemos um roteiro misturando um pouco de tudo mas tentando economizar no que fosse possível – por isso nos locomovemos mais de metrô que de táxi, por exemplo. Gostamos também de passeios culturais e por isso fizemos as visitas guiadas (e saímos sabendo mais de história argentina que do Brasil), e conseguimos encaixar pelo menos um bate-volta. Mas não conhecemos nenhum restaurante estrelado nem pagamos caríssimo pelo show de tango.

Abaixo um resumo de tudo que conseguimos fazer em 5 dias na capital argentina, com todas as dicas e links para os posts específicos.


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Centro de Buenos Aires

No centro de Buenos Aires ficam os edifícios e monumentos mais famosos da cidade, todos bem pertinho uns dos outros, praticamente em volta da famosa Plaza de Mayo. Não há como ir a Buenos Aires e não fazer o circuito central – inclusive muita gente recomenda a hospedagem por ali para poder se locomover a pé, embora a área seja super bem servida de estações de metrô para os outros bairros.

Plaza de Mayo

Uma vez na Plaza de Mayo, marcada na memória de todos por conta das inúmeras manifestações que já ocorreram ali (quem não se lembra das mães e avós que buscam filhos e netos que desapareceram durante a ditadura militar?), é possível ver a Casa Rosada, sede do governo, a Basílica de Buenos Aires e o Cabildo.

Praticamente nos fundos da Casa Rosada fica o Museu Casa Rosada, com um acervo interessantíssimo que mistura a história da República Argentina com exposições temporárias. E do lado oposto à Casa Rosada, do outro lado da praça, o Cabildo – hoje um museu, mas que foi um misto de prefeitura, tribunal e delegacia na época colonial. Neste post História da Argentina em 3 museus de Buenos Aires conto exatamente como aproveitar a cronologia e conhecer o Cabildo, a Casa Rosada e o Museu Casa Rosada.

interior do Museo Casa Rosada

Ao lado do Cabildo fica a Basílica de Buenos Aires, uma igreja muito imponente que guarda o túmulo do General San Martin, herói da independência argentina e libertador também do Chile e Peru. A Basílica também ficou famosa por ter sido a igreja onde o atual papa Francisco estava locado antes de ir para o Vaticano.

Saindo da Plaza de Mayo e seguindo pela Avenida Sáenz Peña chega-se ao famoso Obelisco, monumento erguido em homenagem ao aniversário de 400 anos da cidade, que pode ser visto de diversos pontos da região central. E a poucos passos dali, na Av. 9 de Julio, fica o Teatro Colón – que assim como a Casa Rosada, também oferece visitas guiadas ao seu interior. Ambas visitas são tão bacanas que mereceram um post só pra elas: Visitas guiadas a Casa Rosada e Teatro Colón – por que valem a pena.

Próximo dali, na também ultraconhecida Calle Florida – um calçadão cheio de lojas e turistas – fica a Galeria Pacífico, considerado um dos shoppings mais bonitos do mundo. Os preços são bem mais salgados ali que na rua, mas vale a visita porque realmente o prédio é lindo. Foi ali que encontramos um show de tango maravilhoso e com preço bem mais em conta que os outros famosos na capital, no Centro Cultural Borges, que fica dentro do shopping – todos os detalhes neste post: Show de tango bonito e barato em Buenos Aires – achamos!

Show de tango no Centro Cultural Borges

Bairro San Telmo

San Telmo é um bairro muito antigo e tradicional em Buenos Aires, famoso pelos seus casarões, ruas de paralelepípedo e, principalmente, pela feira de antiguidades que acontece todos os domingos na Praça Dorrego, há mais de 40 anos. Nós adoramos uma feirinha e deixamos para conhecer o bairro exatamente no único domingo em que estaríamos na cidade.

Feira de San Telmo

A feira de antiguidades tradicional fica limitada à praça, mas tem barraquinhas vendendo coisas diversas ao longo de toda a Calle Defensa até quase a Casa Rosada. Nessa mesma rua há muitos antiquários e lojas diversas, e ali também fica o famoso Mercado San Telmo, um mercadão daqueles típicos que vendem de tudo, de roupas a frutas, comidas de todos os tipos a joias. Como adoramos uma feirinha, gastamos horas entre as lojas e as barraquinhas…

Nesse mesmo bairro fica a famosa estátua da Mafalda – mas havia uma fila tão grande pra tirar foto abraçadinho com ela que ficamos com preguiça!

Puerto Madero

Passamos uma tarde toda andando por Puerto Madero. É um bairro novo e considerado o mais moderno da cidade, resultado da revitalização da área portuária, e fica pertinho do centro. Dá pra perceber que foi todo planejado, tornando a caminhada super agradável no amplo calçadão. Do outro lado do rio ficam os hotéis mais luxuosos e famosos da cidade. Há muitos restaurantes, cafés e bares, tanto à beira do rio quando nos quarteirões de cima – muitos consideram os restaurantes ali como “pega-turista”, mas não tinha como ser diferente, é um lugar pensado pra ser turístico. Passeamos por ali numa segunda-feira fria e meio chuvosa e havia poucos turistas, mas no verão acredito que deve ficar lotado de gente. Nós seguimos do terminal do Buquebus, onde havíamos deixado nossas malas porque embarcaríamos para o Uruguai à noite, até a Puente de La Mujer, considerado um marco arquitetônico.

Puerto Madero

Um passeio muito interessante que fizemos ali foi conhecer a Fragata Sarmiento, um navio de verdade, construído em 1897 e que funcionou por décadas como navio-escola, e que agora é um museu. É possível visitar praticamente todas as dependências do navio e ter uma ideia de como era a vida em alto mar, bem como conhecer um pouco das histórias de viagens e ver os uniformes e instrumentos. Adoramos!

Aqui um post contando os detalhes desse museu-navio: Conhecendo o Navio-Museu Presidente Sarmiento em Puerto Madero – Buenos Aires

Recoleta

Ficamos hospedados no bairro da Recoleta e funcionou super bem, pois estávamos a apenas 3 quarteirões de uma estação de metrô. É considerado por muitos como o bairro mais elegante de Buenos Aires, e é super famoso pelo Cemitério, onde está enterrada Evita Perón (e mais um monte de argentinos famosos, militares e ex-presidentes).

Passear pelo cemitério parece meio mórbido (e é!), mas esses cemitérios que são também pontos turísticos apresentam um retrato interessante do país (além do da Recoleta, conheço também o Père Lachaise, em Paris, antiquíssimo e onde estão enterradas inúmeras figuras históricas) – no caso da Recoleta, fundado em 1822, muitas famílias argentinas importantes e antigas estão enterradas ali e os túmulos são verdadeiras obras de arte. Também há uma forte herança militar e nacionalista, com homenagens a mortos durante batalhas e guerras importantes na história argentina. Na entrada há um mapinha, indicando a localização dos túmulos das pessoas mais conhecidas.

Colado ao cemitério fica a Igreja de Nossa Senhora del Pilar, considerado o segundo templo mais antigo da cidade – a capela original foi fundada em 1732, e o cemitério ocupa o terreno onde ficava a horta da antiga capela. Os claustros da Igreja estão abertos à visitação e se transformaram num museu com um acervo muito variado: objetos, documentos e obras sacras, datados entre os séculos XIV e XIX. Paga-se uma pequena taxa para entrar, mas vale a pena!

Ali pertinho, do outro lado da praça, fica a Seringueira da Recoleta, uma árvore histórica que estima-se tenha sido plantada no início do século XIX. Andando um pouco mais, na Avenida Santa Fé, encontra-se a Livraria El Ateneo, considerada a segunda livraria mais bonita do mundo – e é, de fato, lindíssima! O prédio era uma antiga sala de espetáculos, onde muitos nomes famosos do tango se apresentaram, e muitas de suas características foram conservadas. Vale a visita!

Livraria El Ateneo

Quem estiver disposto como nós, sugiro uma longa caminhada pela Avenida del Libertador até o Jardim Japonês, apreciando os lindos prédios e as áreas verdes ao longo do caminho. Nesta avenida ficam os belíssimos prédios da Biblioteca Nacional e do Museu de Belas Artes, além de diversas embaixadas. Atrás da Plaza Republica Oriental del Uruguay, onde há uma estátua enorme de José Artigas, o libertador do Uruguai, fica o famoso monumento Floralis Generica, com suas pétalas metálicas que se abrem durante o dia e fecham à noite.

O Jardim Japonês tecnicamente já não pertence ao bairro da Recoleta, mas serve como fecho perfeito para esse passeio. Trata-se de um parque criado pela comunidade japonesa da Argentina e reproduz com detalhes os parques japoneses: o lago com carpas, aquelas pontezinhas vermelhas, alguns símbolos budistas. Nada melhor para descansar e contemplar depois de um longo dia.

Jardim Japonês

Um post completo com todo o roteiro pelo bairro e ainda dicas de onde comer aqui: Roteiro na Recoleta: o que fazer e onde comer

La Boca

La Boca é um bairro bem afastado e considerado meio periferia, apesar de ser um dos mais antigos da cidade e ter uma história interessantíssima de colonização italiana. É nele que ficam o famoso Camiñito e o estádio do Boca Juniors, apelidado de La Bombonera.

Fizemos a visita guiada no estádio, a mais completa, que termina nos vestiários e dá direito a uma foto impressa. Dali seguimos para o Camiñito.

La Bombonera

A distância entre o estádio e a icônica rua-museu conhecida como Camiñito é de poucos quarteirões, que percorremos a pé – apesar de termos ouvido muito sobre os perigos do bairro, havia muitos turistas e foi bem tranquilo. Por mais que a maioria das lojas seja bem pega-turista e o assédio seja grande, considero passeio obrigatório em Buenos Aires. Todos os detalhes do bairro e da visita ao estádio estão neste post completinho: Roteiro em La Boca: Camiñito e visita guiada ao La Bombonera

Bate-volta de Buenos Aires: Tigre

Tigre foi o único bate-volta que conseguimos fazer, a mais ou menos uma hora de trem de Buenos Aires (ou cerca de 30 km). O próprio cartão do metrô pode ser carregado para pegar o trem, que se pega na estação Retiro, como fizemos, mas dá também pra ir de ônibus ou até de barco, saindo de Puerto Madero e navegando pelo rio da Prata.

Mas o que essa cidadezinha na região metropolitana de Buenos Aires tem de tão especial? Ela fica no delta formado pelos rios Tigre e Luján, e esse delta forma uma porção de ilhas, onde moram pessoas – em uma delas há uma escola, e tanto a população quanto os transportes utilizam barcos para tudo: há barcos-ônibus, barcos-mercados… A maioria dos turistas, como nós, vai até Tigre para fazer o passeio de barco pelo delta, que é guiado e passa por entre as pequenas ilhas.

Nós compramos o passeio da Sturla, uma agência na própria estação de trem. Escolhemos o passeio combinado, que dava direito ao passeio de barco pelo delta e também ao ônibus turístico, tipo hop on-hop off, que para nos principais pontos da cidade. A estação fluvial fica a poucos metros da estação de trem.

Como era julho e estava muito frio, só os barcos fechados estavam circulando. O passeio pelo delta leva cerca de 1h30.

passeio de barco em Tigre

A cidade conta também com vários museus, sendo os mais importantes o Museo Naval e o Museo de Arte – ambos têm um ponto de parada do ônibus turístico.

Nós entramos no Museo Naval, que tem um acervo incrível da história da marinha, mundial e argentina. Interessante a ênfase na Guerra das Malvinas – o ponto de vista argentino é bem diferente do que escutamos nos nossos jornais ou estudamos na escola, na época em que aconteceu. Ainda hoje os argentinos consideram como suas essas ilhas que ficam perto da Patagônia.

O Museo de Arte fica num prédio lindíssimo, mas não chegamos a entrar, só o apreciamos por fora. A cidade toda é uma graça, cheia de pontos lindos para fotografar, especialmente se o dia estiver bonito – sorte que não tivemos, pois chuviscou a maior parte do dia que passamos lá.

Todos os detalhes deste passeio neste post: Bate e volta de Buenos Aires – o que fazer em Tigre


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>> Na dúvida onde se hospedar em Buenos Aires? O blog Elas Viajando tem um post perfeito para ajudar nessa decisão, levando em conta orçamento, locomoção e interesses do viajante: ONDE SE HOSPEDAR EM BUENOS AIRES? PRINCIPAIS BAIRROS

>> Tem pouco tempo mas ainda assim gostaria de conhecer os principais pontos turísticos de Buenos Aires? O blog Expedições em Família conta como funciona o ônibus turístico na cidade: Conhecendo Buenos Aires a bordo do Buenos Aires Bus

>> Vai esticar a viagem pela Argentina? Que tal conhecer Bariloche? A Elizabeth Werneck tem um post completinho sobre o que fazer em Bariloche o ano todo.


Essa viagem a Buenos Aires fez parte de um roteiro que incluiu também Colonia del Sacramento, no Uruguai. Os outros posts relacionados estão aqui:

Seguem abaixo os links para todos os lugares mencionados no texto:


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17 respostas

  1. Buenos Aires é como todas as capitais, com possibilidades infinitas. Eu também costumo misturar um pouco de tudo, e economizar um pouco. Excelentes dicas

  2. Já fui umas 3 ou 4 vezes prá lá, mas ainda não conheci td q vc falou acredita? rs Mas fiz algumas viagens com meus pais qnd era adolescente, e a última já adulta, com mais 17 pessoas da família! A experiência é bem diferente!

    1. Que demais viajar em turma! Mas Buenos Aires é o típico destino que é possível voltar várias vezes e sempre descobrir algo diferente.

  3. Curti as suas dicas de Buenos Aires. Já conheci muitos dos pontos destacados mas não sabia de Tigre. Achei bem interessante que dá pra ir com o cartão de metrô, mas ir de barco deve ser bem legal também. Já anotei para a próxima visita.

  4. Nossa que saudades que me deu de Buenos Aires!… Faz uns 2 anos que eu fui pra lá.. Quero voltar! Tigre eu também amei! Passear de barco no tigre foi um dos meus passeios favoritos!

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