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Roteiro completo: Foz do Iguaçu em 5 dias com crianças

Conteúdo atualizado em 25 de fevereiro de 2024

Vou começar esse post sobre Foz do Iguaçu já derrubando um mito, frequente quando se lê sobre esse destino: não é um passeio suuuuper barato para famílias. E já explico o porquê.

Essa foi nossa segunda vez na cidade, e dessa vez em 5: marido e eu, os 2 malinhas (8 e 5 anos) e meu enteado de 14 anos (que já conta como adulto). Por mais que sua hospedagem seja bem localizada, os passeios são longe (em média, uns 15 a 20 km; aqueles além da fronteira – Argentina e Paraguai – ainda mais longe), então o meio de locomoção é uma escolha importante e é o que encarece os passeios. Cogitamos alugar um carro, mas eu fiquei um pouco receosa de ficar atravessando a fronteira com carro alugado (apesar da nossa experiência positiva no Uruguai, que contei aqui). Levantamos também os preços para comprar translados nas agências de turismo, mas como estávamos em 5 achamos que ficaria caro demais (em média R$ 190/ pessoa). Optamos então pelo táxi, como fizemos da primeira vez, há 6 anos – levamos o assento do carro (ou booster) para o malinha menor e encontramos um taxista com carro que acomodasse todos nós com segurança (uma Spin de 7 lugares). No total, o gasto médio foi de R$ 200 ou R$ 300 por dia, dependendo da distância do passeio.


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Para os passeios dentro da cidade – Parque das Aves, Parque das Cataratas, Itaipu – é possível ir de transporte público… mas faltou disposição pra nós para carregar os malinhas de ônibus, além do cansaço, pois em todos eles é preciso andar bastante e no final do dia estávamos todos acabados. Essa seria a opção mais econômica.

Dito isso, voltamos ao ponto principal: Foz do Iguaçu é uma viagem imperdível para se fazer em família! O forte, nem é necessário falar, são as cataratas… tanto do lado brasileiro quanto do argentino, são impressionantemente lindas. Conhecer Itaipu e toda sua estrutura dá uma força no orgulho de ser brasileiro (mesmo porque anda meio difícil resgatar esse orgulho, não é?). E quem tiver disposição e $$ pode se arriscar no Duty Free da fronteira com a Argentina e/ou atravessar a fronteira para o Paraguai e voltar cheio de muambas.

atravessando a fronteira

Compramos as passagens (SP-FOZ-SP, pela Azul) numa promoção da ViajaNet, R$ 200 por pessoa, há alguns meses. Tivemos uma dor de cabeça uns dias antes da viagem pois mudaram nossas passagens de repente – ida por um aeroporto e volta por outro, e uma conexão impossível de fazer na volta. Ao final de muitas ligações e stress, acertamos as passagens diretamente com a Azul, pois a ViajaNet se mostrou totalmente incompetente para resolver nosso problema.

Há muitas opções de hospedagem em Foz, nós optamos pelo Hotel 3 Fronteiras, de categoria bem turística, mas que tinha um quarto onde caberiam nós 5 e era bem localizado, com vários restaurantes por perto.

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Como ficamos 5 dias e já conhecíamos as atrações principais, pudemos montar um roteiro redondinho, sem ser muito cansativo e incluindo um passeio que ainda não tínhamos feito: as minas de Wanda e ruínas de San Ignácio, na Argentina. Cada atração mereceu um post com todos os detalhes, mas resumidamente o roteiro ficou assim:

  • Dia 1: Itaipu
  • Dia 2: Parque das Aves, Cataratas lado brasileiro e compras na Argentina
  • Dia 3: Parque das Cataratas na Argentina
  • Dia 4: Minas de Wanda e ruínas de San Ignacio Mini, na Argentina
  • Dia 5: Templo Budista e Vale dos Dinossauros

Dia 1: Itaipu Binacional

Nossa intenção era passar o dia em Itaipu e por isso compramos os ingressos antecipadamente, para poder ajustar os horários de forma a fazer o maior número de passeios. Compramos pelo site (www.turismoitaipu.com.br) e planejamos o dia da seguinte maneira:

– pela manhã fizemos a Visita Panorâmica, um trajeto guiado por dentro da usina, com parada em alguns pontos estratégicos. Esse passeio não tem hora marcada e tem saída a cada 20 ou 30 minutos, por ordem de chegada.

– às 13h30, fizemos a visita ao Refúgio Biológico. Esse passeio tem hora marcada e duração de 2 horas, aproximadamente. É uma caminhada guiada de cerca de 2 km dentro da unidade criada para conservação da fauna e flora da região. Não tivemos sorte de ver os animais que vivem soltos na reserva, mas pudemos ver e conhecer a história (bem triste, na maioria dos casos) dos animaizinhos resgatados e cuidados ali dentro. Havia muitas crianças no grupo, além dos nossos malinhas, e todos adoraram conhecer um pouco mais sobre os animais.

– às 17h, fizemos o passeio de catamarã. Escolhemos o último horário para poder ver o pôr-do-sol de dentro do barco, no meio do lago de Itaipu. É a visita mais cara mas valeu cada minuto, a vista é linda e tudo dentro do barco é muito agradável (inclusive a música ambiente!). Só digo que foi maravilhoso, fechamos o dia com chave de ouro!

Nesse post todos os detalhes do Complexo Turístico de Itaipu: Itaipu Binacional: o que fazer em 1 dia

pôr-do-sol no lago de Itaipu

Dia 2: Parque das Aves, Parque Nacional das Cataratas e Duty Free na Argentina

Escolhemos fazer os dois passeios no mesmo dia, pois os parques ficam um em frente ao outro. O Parque das Aves era um passeio ansiosamente esperado pelas crianças, e não decepcionou: poder ver os pássaros bem de pertinho é realmente encantador! Chegamos cedo, antes das 9, e em 2 horas já tínhamos terminado o passeio. Aliás, o café que fica na saída é maravilhoso, perfeito para almoço ou um lanchinho, que foi o que fizemos.

Parque das Aves

Seguimos então para o Parque das Cataratas, onde pegamos o ônibus e descemos na parada Trilha das Cataratas. Já havíamos decidido que dessa vez não faríamos o Macuco Safári (o barquinho que desce lá no meio do rio) – fizemos há 6 anos, com nossa malinha de 2 anos na época (doidos!!) – porque planejamos investir em outro passeio no mesmo valor (minas de Wanda + ruínas na Argentina).

Parque Nacional das Cataratas

Malinhas se encantaram com o passeio: estava um dia lindo e quente, e acharam o máximo se molhar com a “chuvinha” das cachoeiras. E estava tão calor que nem foi preciso capa, 2 minutos depois já estávamos secos novamente. Considero esse um programa obrigatório para todo brasileiro: além da natureza deslumbrante, o parque é super organizado.

Deixamos o parque por volta das 17h e fomos para o Duty Free da Argentina fazer umas comprinhas – afinal, é muita tentação pra não aproveitar, certo? Alguns hotéis têm um serviço de van que leva os hóspedes. O nosso não tinha, por isso fomos de táxi. Como o shopping não é grande e nem tínhamos planos de grandes compras, em pouco mais de 1 hora fizemos o que queríamos e fomos embora.

Dia 3: Parque das Cataratas na Argentina

A menos de uma hora do centro de Foz do Iguaçu fica o Parque Nacional Iguazu, que é bem maior e mais “selvagem” que o parque do lado brasileiro. A grande atração ali é, sem dúvida, poder chegar pertinho da Garganta do Diabo, um conjunto de quedas d´água muito impressionante.

Garganta do Diabo

O parque conta com várias trilhas, mais ou menos sinalizadas, que levam a quedas d´água menores mas não menos bonitas. Mas tem que andar bastante… é um tal de sobe e desce escadas, vira pra cá e pra lá, passa em cima do rio… bem diferente do parque brasileiro. O dia estava lindo mas muito quente, o que potencializou o cansaço no final do dia. Programa para fortes, mas vale a pena!

Nesse post aqui uma super comparação entre os parques das cataratas lado argentino e brasileiro: Cataratas do Iguaçu: parque brasileiro X parque argentino

Dia 4: Minas de Wanda e Ruínas de San Ignacio Mini

Desde que vi o anúncio desse passeio fiquei louca pra ir. Compramos a viagem da Loumar Turismo, uma agência que opera muitos passeios em Foz, e foi o passeio mais caro dessa viagem (R$220/pessoa em 2018) mas valeu cada minuto.

As minas ficam na cidadezinha de Wanda, a cerca de 60 km da fronteira, onde um guia conta a história do lugar e dá detalhes de como são formadas e extraídas as pedras preciosas. Impressionante ver como as pedras parecem brotar da rocha!

Minas de Wanda

Dali o ônibus segue por mais 250 km até San Ignácio, onde ficam as ruínas de uma antiga missão jesuíta, fundada no século XVII. O local é tombado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Há um pequeno museu, com peças da época e uma maquete de como era a missão no auge da sua ocupação. Em seguida, um guia leva o grupo até as ruínas e explica como era o funcionamento da comunidade. Uma aula de História ao vivo, e mais um triste episódio da colonização – os jesuítas foram expulsos e os índios, dizimados. Teria sido melhor se o nosso guia tivesse uma dicção um pouco mais clara…

É um passeio bem longo – deixamos o hotel às 7 da manhã e só retornamos às 7 da noite – mas vale a pena, principalmente com crianças maiores, que já tenham estudado essa parte da História.

Ruínas de San Ignacio Mini

Nesse post todos os detalhes desse passeio: Minas de Wanda e San Ignácio Mini – a Argentina perto de Foz do Iguaçu

Dia 5: Templo Budista e Vale dos Dinossauros

Era o nosso último dia e só tínhamos o período da manhã, pois nosso voo de volta era após o almoço. O templo fica numa região mais alta e afastada da cidade, de onde se tem uma bela vista. Ficamos todos impressionados com o tamanho das estátuas. Adoro esse tipo de lugar porque incentiva mil perguntas… no caso, eu não sabia responder muitas delas, mas juntos procuramos as respostas. O blog Panorama de Viagem tem um post completo sobre o Templo Budista de Chen Tien aqui: Templo Budista em Foz do Iguaçu

templo budista em Foz do Iguaçu

Dali nossa intenção era ir até o Marco das 3 Fronteiras, mas estava fechado – como era dia de semana comum, só abre após as 14h. Decidimos ir então até o Vale dos Dinossauros, que já era caminho para o aeroporto. O parque é uma réplica do que existe em Gramado e já conhecíamos (assim como o Dreamland Museu de Cera, que fica ao lado), uma trilha com muitos dinossauros que “rugem” e se movem conforme passamos ao lado deles. Destaque para o giganotossauro, que impressiona pela altura absurda. Uma coisa que me irrita nesse grupo de parques é o surgimento dos fotógrafos do nada: em determinados pontos, só se pode ultrapassar e tirar fotos com os tais fotógrafos, que ficam insistindo e depois nos cobram mais de R$20 por foto. O ingresso não é barato (R$ 50), portanto acho meio forçar a barra fazer isso. O mesmo do lado de fora: havia um boneco Transformers gigante mas não se podia chegar perto pra tirar foto, uma decepção para os pequenos.

Vale dos Dinossauros

>> Leia mais aqui: Onde ver dinossauros no Brasil – dicas de parques e museus

Mais sobre Foz do Iguaçu e algumas dicas

>> Em um fim de semana prolongado de 3 dias é possível conhecer as principais atrações de Foz do Iguaçu, mas essa é uma viagem que pode ser esticada para até uma semana pois há várias outras opções que podem ser encaixadas no roteiro: city tour em Foz, em Puerto Iguazu e em Ciudad del Este; compras no Paraguai; o Marco das 3 Fronteiras (do lado brasileiro e do argentino); passar mais um dia em Itaipu e fazer Ecomuseu e Pólo Astronômico; pra quem estiver disposto a gastar um pouco mais, tem o Macuco Safári e o passeio de helicóptero pelas cataratas. O blog Chikas Lokas tem um post super bacana para quem quiser aproveitar a proximidade de Foz do Iguaçu com o Paraguai e com a Argentina e cruzar a fronteira: Paraguai e Argentina em um único dia: Conhecendo Puerto Iguazú e Ciudad del Este

>> A família do blog Mapa na Mão também fez essa viagem e tem um post completíssimo sobre Foz: O que fazer em Foz em Foz do Iguaçu.

>> Por coincidência, fomos entre abril e maio nas duas vezes em Foz, pegamos muito sol e bastante calor, mas não insuportável. Nos falaram que os verões são muito quentes e que no inverno faz bastante frio de madrugada e à noite, o que pode incomodar principalmente as crianças menores.

>> Nós não ligamos muito pra hotel pois encaramos mais como um lugar pra tomar banho e dormir, mas pra quem quiser um pouco mais de conforto há algumas boas opções na cidade – inclusive o luxuoso Belmond, que fica dentro do Parque das Cataratas.

>> Como eu disse lá no começo desse post, considero um passeio obrigatório pra quem é brasileiro. As cataratas são consideradas uma das 7 maravilhas da natureza desde 2011 (as outras são: a Floresta Amazônica, a Baía de Ha Long (Vietnã), Ilha Jeju (Coreia do Sul), Komodo (Indonésia), Rio Subterrâneo Puerto Princesa (Filipinas) e Montanha da Mesa (África do Sul).

>> Novamente demos uma câmera na mão de cada malinha em alguns momentos da viagem. Eles adoram! E temos a chance de ver um pouco as coisas da perspectiva deles.

>> Dica importante para quem for levar as crianças sem um dos pais (ou sem os pais): é preciso uma autorização autenticada em cartório para cruzar a fronteira. Neste post do blog Casal a Bordo também há muitas informações sobre as regras de autorização de viagem para menores de idade: Novas regras de Autorização de Viagem para menores

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9 respostas

  1. Estou doida p fazer essa viagem para Foz do Iguaçu novamente, pois fui quando era adolescente e nesse seu post percebi que muita coisa mudou. Quero levar o marido que ainda não conhece. Adorei o post

  2. Na minha opinião, Foz do Iguaçu é só o melhor destino nacional. Em termos de natureza, é um dos melhores destinos do mundo, e fico triste que muitos não cogitem conhecê-lo. Excelente o post! Muito completo sobre tudo para se fazer por lá!

    Não cheguei a visitar as Ruínas de San Ignácio no lado argentino.. Nem sabia da existência. Na próxima, visitarei! (mesmo achando que é um pouquinho longe…)

  3. Seu roteiro ficou bem interessante! Quando fui para Foz não consegui visitar o templo Budista, queria muito ter ido mas nao deu tempo. Ficou para uma próxima!

  4. Que viagem legal! Estive em Foz do Iguaçu quase 20 anos atrás e só fiz o básico mesmo acho que em 4 dias. Tô querendo mto voltar pq hoje em dia tem mto mais opções de passeio! Adoro coisas históricas então daria prioridade pras ruínas de San Ignacio e depois de ter feito um passeio de helicóptero no Rio de Janeiro e AMADO a experiência, vou ter que juntar mais dinheiro pra conhecer as Cataratas do alto também!

  5. Amei seu roteiro por Foz do Iguaçu! Meus pais vão viajar pra lá e vou passar pra eles, porque quando fui foi tão corrido que não conheci quase nada 🙁

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