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Uruguai e Gramado a 4 – Roteiro e Preparativos

Conteúdo atualizado em 11 de janeiro de 2023

Nós costumamos viajar no reveillón já há alguns anos. Quando solteira já fazia isso, depois que marido e eu nos juntamos se tornou uma espécie de ritual, chega agosto, setembro e já dá coceira de pensar em qual será nosso próximo destino. Juntos já rolou virada de ano em Porto de Galinhas, Parati, Bombinhas… Ano passado queríamos uma viagem internacional, mas com o dólar no preço que estava tivemos que abortar esse plano. Acabamos bolando uma viagem maluca, metade internacional e metade doméstica, metade carro e metade avião: aéreo até Porto Alegre, carro até Punta del Este, Punta a Gramado (pra ver o Natal Luz, que vai de novembro até meados de janeiro), volta para Porto Alegre e avião de volta para São Paulo. 

No total seriam 2 semanas inteiras, uma no Uruguai e outra em Gramado. Malinhas deliraram em ir a algum lugar onde se falava outra língua, e ficaram empolgadíssimos para ver o Papai Noel, mesmo sendo depois do Natal.

✈ Passagem aérea:
Em meados de agosto começamos a planejar o roteiro para comprar as passagens para Porto Alegre, e fechamos as datas: ida em 28/12/2015 e volta em 12/1/2016. Compramos as passagens pelo Decolar. Comprar com antecedência é sempre vantagem.

Preço: R$ 1 mil, as 4 passagens já com as taxas

🚗 Locação do carro:

Comecei então  a pesquisar os preços para locação do carro. No site www.melhoreslocadoras.com.br é possível enviar uma solicitação de cotação para até 30 locadoras diferentes na cidade escolhida. Uma coisa que passou a nos preocupar foi a necessidade da carta verde para atravessar a fronteira – no site da embaixada do Uruguai (www.emburuguai.org.br) estão bem explicadinhas todas as regras para entrada no país. A tal carta verde é um seguro válido dentro do território uruguaio, que não seria um grande problema se estivéssemos viajando com nosso carro, mas como estaríamos num carro alugado precisávamos encontrar uma locadora que fizesse todo o trâmite para autorizar o carro a sair do país.

Enviei os emails solicitando a cotação para retirada do carro no dia 29 de dezembro (como nosso voo chegaria à noite, resolvemos dormir em Porto Alegre e iniciar a viagem só no dia seguinte de manhã) e entrega no dia 12 de janeiro, pra já ter uma ideia de preço e dos modelos disponíveis. Conforme ia recebendo as respostas eu informava que iríamos atravessar a fronteira e questionava se poderiam providenciar a carta verde.

Recebi um monte de respostas, a maioria não autorizava a saída do carro do Brasil, ou não se dispunham a providenciar a carta verde (inclusive as grandes locadoras tipo Unidas e Hertz). E das que me interessaram, os preços variavam de 100 a 800 reais (!) para fornecer a carta verde. O preço da diária não variava muito para o tipo de carro que queríamos: modelos 1.0 (pra economizarmos no combustível), com porta malas suficientemente grande para nossas malas, e confortável para acomodar as duas cadeirinhas no banco de trás.

Acabamos fechando com a LVT (www.lvtcar.com.br), uma locadora pequena mas com atendimento super bacana, que foi a mais barata para o pacote que fizemos (quilometragem livre + 14 diárias + taxa motorista adicional + carta verde). Nosso carro era um Voyage novinho, do jeito que queríamos.

Preço: R$ 1870 (carta verde R$ 380, motorista adicional R$ 70, o restante as diárias)

Dica: Levamos as nossas cadeirinhas para as crianças. Não há taxa para despachar esse tipo de bagagem, e tanto em Cumbica quanto no aeroporto de Porto Alegre embalamos as duas juntas naqueles quiosques que envolvem a bagagem em plástico. A maioria das locadoras oferece esse item, mas como íamos viajar bastante de carro queria que os malinhas estivessem bem confortáveis e não quis arriscar. Já tivemos uma experiência ruim com isso quando a Malinha #1 era bebê e a cadeirinha que ofereceram não era nem apropriada para a idade dela.

📘 Roteiro:

A distância entre Porto Alegre e Punta del Este é de cerca de 750 km, mais ou menos 9 horas de viagem – daria para fazer em 1 dia, viajando o dia todo. Mas manter os malinhas o dia todo dentro do carro seria muito cansativo (pra nós também), então resolvemos quebrar a viagem e parar no Chuí, pouquinho antes de atravessar a fronteira. De lá, no dia seguinte, cruzaríamos a fronteira rumo a Punta.

Chegamos em Punta no dia 30 e ficamos até dia 6, quando pegamos o carro e seguimos de volta ao Brasil. Dessa vez arriscamos seguir direto até Porto Alegre, parando só para almoçar. Malinha #2 dormiu várias horas, e Malinha #1 dormiu um pouco também e se entreteve com as várias opções que levamos para distraí-los no carro.

Dormimos em Porto Alegre na noite do dia 6 de janeiro e fomos para Gramado no dia 7 pela manhã, onde ficamos até dia 12, data da nossa volta.

Resumindo ficou assim:

Dia 28/12 – Chegamos em Porto Alegre à noite, dormimos lá

Dia 29/12 – De Porto Alegre fomos até o Chuí, fronteira do Brasil com o Uruguai, onde passamos a noite

Dia 30/12 – Fomos do Chuí até Punta

Dia 6/1 – Deixamos Punta sentido Porto Alegre, dormimos em Porto Alegre novamente

Dia 7/1 – De Porto Alegre fomos para Gramado (pertinho, cerca de 130 km)

Dia 12/1 – Saímos de Gramado pela manhã para o aeroporto em Porto Alegre, e dali pra casa, finalmente!

🏨 Hotéis:

– Na primeira noite que ficamos em Porto Alegre, ficamos no Novotel Três Figueiras, e na segunda vez, no Novotel próximo ao aeroporto. Em ambos os casos conseguimos as diárias com pontos do nosso programa de milhagem do cartão de crédito, então gastamos quase nada.

– No Chuí, ficamos no Hotel Bertelli. Lá não há muitas opções, e dentre as poucas esse parecia o melhorzinho. É um hotelzão antigo, meio estilo anos 70, e o restaurante é bom – inclusive foi onde almoçamos na volta – e para uma única noite estava bom. Pagamos R$ 265 a diária.

– Em Punta, ficamos no Hotel Florinda (www.guia.melhoresdestinos.com.br/hotel-florinda-punta-del-este-106-2028-l.html), depois de muita pesquisa. As melhores dicas da cidade, inclusive de hotéis, encontramos no site Viaje na Viagem. Sabíamos de antemão que Punta é meio que um Guarujá, com muito trânsito em época de temporada, e preferimos um hotel onde não precisássemos pegar o carro para jantar e fosse possível ir para a praia a pé. O Florinda atende esses dois requisitos, pertinho de tudo, fica a menos de dois quarteirões da Praia Brava.

Também é um hotel bem antigo, dava pra perceber que passou por várias adaptações e reformas, mas nosso quarto era espaçoso e tinha até uma cozinha pequenininha – o que pra nós é sempre uma mão na roda, Malinha #2 gosta de tomar leite no próprio copinho de manhã e à noite e ter uma pia facilita as coisas. Eu sou uma pessoa bem cismada com quartos de hotel e não fiquei fuçando muito nos armários (tenho medo de fazer descobertas desagradáveis e malcheirosas), mas como já disse, o hotel nos atendeu em outros aspectos.

O café da manhã era fraco e o estacionamento bem apertado, mas por outro lado os funcionários eram super amáveis (inclusive me arrumando umas frutinhas numa noite em que os malinhas não comeram nada o dia todo), e toalhas e cadeiras de praia estavam incluídas nos serviços – o que foi ótimo, pois nas praias uruguaias não existem quiosques muito menos aluguel de cadeiras.

O preço foi bem salgado: USD 2 mil, que pagamos em duas vezes. Ainda assim, dos hotéis que pesquisamos era um dos mais baratos, e compensava pela localização.

– Já em Gramado, ficamos na verdade em Canela. As duas cidades são muito próximas, e os preços em Canela são geralmente mais baixos. Pesquisamos alguns lugares mas acabamos fechando com o Hotel Serra Nevada, que foi indicação de uma amiga que havia estado lá há pouco tempo.

É um hotel bem grande, na entrada da cidade, bastante simpático. Nosso quarto era espaçoso e o café da manhã excelente. Pagamos R$ 2600 por 5 diárias.

📍 Dicas:

– Fomos de ônibus de casa até o aeroporto de Cumbica, e na volta meu sogro foi nos buscar. Em viagens mais curtas costumamos deixar nosso carro em algum estacionamento próximo ao aeroporto, pois o valor acaba compensando, mas nesse caso a viagem era longa demais. Os malinhas adoraram andar de ônibus!

– Muita gente me pergunta como os malinhas aguentam viajar tanto tempo de carro. Primeiro que os meus malinhas já estão acostumados a viajar, pois para visitar minha família, por exemplo, são duas horas de viagem. Para viagens mais longas conversamos bastante com eles, explicando todas as etapas da viagem e se vamos ou não demorar em cada uma delas – sempre enfatizando o lado bom que é passear e ver coisas diferentes. Faço também os dois prepararem uma mochilinha cada um com livros, brinquedos e coisinhas que possam distrair no carro. Temos um DVD portátil cuja bateria garante duas horas de entretenimento. Malinha #1 tem um tablet com joguinhos e câmera que garante algum tempo de distração. E eu armo o meu esquema, levando bloquinhos e canetas, coisinhas de comer, e como última opção, celulares meu e do marido. E uma pausa no meio da viagem, quando eles começam a se estranhar, geralmente ajuda.

Mas cada família é de um jeito, eu já sei o que funciona com os meus malinhas, é preciso se precaver com o que funciona com cada criança.

– Levar as próprias cadeirinhas pode ser uma boa opção. Além de não ter que pagar pelo aluguel (normalmente as locadoras cobram por elas), vale não correr o risco de pegar uma cadeirinha desconfortável e/ou insegura, que pode gerar um stress desnecessário.

– Planejar com antecedência. Nós compramos as passagens em agosto e fizemos as reservas  nos hotéis (com parte do pagamento) em setembro. Poderíamos até ter negociado com os hotéis um parcelamento diferente, de forma a não ficar tão pesado no fim da viagem, quando se somam todas as despesas de alimentação e passeios também.

– Habilitar o celular para usar fora do país, especialmente para poder usar o Waze, ou atualizar o GPS com os mapas do país visitado. Nós trouxas nos esquecemos dessa parte, meu celular que é pré-pago simplesmente morreu no Uruguai, e do marido que tem um plano melhorzinho nos salvou porque carregava o Google Maps. Não é difícil andar no Uruguai, mas em alguns momentos de dúvida um gps teria ajudado e muito.

– O Uruguai não é um país super barato para nós, brasileiros, mas com algumas dicas dá para se planejar bem e não exagerar. O Henrique, do blog A Pé no Mundo, tem um post muito bom sobre esse assunto aqui: Quanto custa viajar pelo Uruguai e dicas para economizar

Sites úteis para consulta:

www.decolar.com

www.melhoreslocadoras.com.br/cidades/portoalegre/aluguel-de-carros/

www.lvtcar.com.br

www.emburuguai.org.br

www.gramado.com.br

www.puntadeleste.com/pt

www.bertellichuihotel.com.br

www.viajenaviagem.com/2012/11/onde-ficar-punta-del-este-30-hoteis-selecionados

www.guia.melhoresdestinos.com.br/hotel-florinda-punta-del-este-106-2028-l.html

www.hotelserranevada.com.br

www.natalluzdegramado.com.br

Posts dessa viagem:

Uruguai com 2 malinhas – Punta del Este e arredores

Gramado e Canela em janeiro com 2 malinhas

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Somos uma família de 4: eu, Cíntia, engenheira de formação mas que sempre gostei de escrever e viajar; marido, que me acompanha nas viagens desde 2009; e nossos dois malinhas, Letícia e Felipe, atualmente com 14 e 11 anos, que carregamos por todos os lugares desde que ainda estavam na minha barriga.

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5 respostas

  1. Que delícia de viagem! Quando fomos ao Uruguai também partimos de Porto Alegre, mas na época não tivemos tempo de conhecer Gramado, o que foi uma pena..

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